Educadora, assentada no Assentamento Pontal do Tigre.

sábado, 5 de julho de 2014

Disponível para download: Para quem deseja conhecer, pesquisar ou já é pesquisador da Educação do/no Campo.

Dissertação - programa de Pós-graduação em Educação... fhttp://www.ppe.uem.br/dissertacoes/2013%20-%20Maria%20Edi.pdf

domingo, 5 de maio de 2013

A FORMAÇÃO DOS EDUCADORES DO CAMPO


                                            A FORMAÇÃO DOS EDUCADORES DO CAMPO:

                                                                                   Maria Edi da Silva Comilo



A formação continuada dos educadores e educadoras das escolas do Campo do Município de Querência do Norte/PR, especificamente da Escola Camponesa Municipal Chico Mendes, no Assentamento Pontal do Tigre, entre os rios Paraná e Ivaí. Analisar-se-á a formação com reflexos nas práticas pedagógicas, tendo como referência os pressupostos metodológicos da pesquisa qualitativa, buscando compreender se a formação tem contribuído para com práticas pedagógicas democráticas. As categorias de análises serão alicerçadas por referenciais teóricos consubstanciados em clássicos da educação social e por documentos e produções científicas sobre as políticas públicas para Educação do Campo.
A intenção da presente pesquisa originou-se das inquietações apresentadas pelos educadores da Educação do Campo, durante os cursos de formação continuada realizados na Escola Camponesa Municipal Chico Mendes, por meio do Programa de Extensão da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE - Campus Foz do Iguaçu) e perante os novos projetos de formação em parcerias com a Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR – Campus de Paranavaí), a Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) e o Setor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Os primeiros encontros de formação tentavam responder algumas questões: Qual a real função da educação do/no Campo? Quais as ferramentas pedagógicas do educador do/no campo? Como deve ser construído o processo de formação continuada das e dos educadores do/no campo? Que formação deve ter o educador para atuar na educação do campo? Os encontros de formação atuais tentam responder as necessidades de formação dos educadores que trabalham com a educação básica, atendendo a população do campo.
O estudo da temática justifica-se para analisar a formação dos educadores que trabalham com educandos do campo – assentados e pequenos agricultores – em duas escolas situadas no Assentamento Pontal do Tigre, uma municipal e outra estadual. Propomo-nos investigar se os investimentos formativos por parte dos docentes das universidades (UNIOESTE, UNESPAR e UNICENTRO) estão sendo correspondidos na prática pedagógica pelos educadores do campo, materializada nas ”Diretrizes Operacionais para a Educação Básica das Escolas do Campo” (Parecer nº 36/2001 e Resolução 01/2002 do Conselho Nacional da Educação) em consolidar a Educação do Campo enquanto parte integrante e operante do sistema nacional de ensino, salvaguardadas suas especificidades inerentes à realidade camponesa.
 O principio ativo da Educação do/no Campo em Querência do Norte se fortaleceu com a chegada do MST no Município afirmando a trajetória da luta pela terra e a importância das ações e reflexões dos trabalhadores através do jeito historicamente formados na identidade do nome sem terra uma pedagogia que trabalha as vivências, emoções, cultura, ações, místicas que proporciona o debate social da proposta de uma educação com diretrizes e olhares especiais para a educação brasileira citada pelo artigo 28 da LDB, que propõe medidas de adequações das escolas do/no campo.
 Este novo olhar possibilita e dinamizam a ligação dos seres humanos com as próprias condições de experiência social e com as realizações da sociedade humana. Ao evidenciar estas forças sociais, mobilizam as forças econômicas, políticas e sociais em torno da posse da terra que reforçam o camponês na perspectiva de lutar por dignidade no lugar onde ele vive e sente amor e carinho, por ser este espaço, onde ele constrói sua vida. Com a Reforma Agrária na luta pela terra o MST tem como objetivo a luta pelo fortalecimento da educação do/no campo  que tem por objetivo a valorização da educação como desenvolvimento sustentável, por ser um espaço heterogêneo em função da organização de sustentabilidade dos assentados e do prática pedagógica das escolas que precisam de um projeto permanente de formação de professores.
Justifica-se por estudar as contribuições da formação continuada dos educadores da Escola Camponesa Municipal Chico Mendes e Colégio Estadual Centrão, levantando as mudanças em relação a prática pedagógica dos educadores após participar dos cursos de formação da Educação do/no campo.
Para compreender os motivos da necessidade da busca pela formação por parte dos educadores do MST que  moram ou trabalham no campo sendo as Universidades de difícil acesso faz-se  necessário um projeto permanente de formação que atenda as especificidades das escolas do campo vez que as instituições de ensino estão situadas no extremo noroeste do Paraná, divisa com Mato Grosso do Sul, há 650 km da capital do Estado, Curitiba, há 25 km da sede do Município de Querência do Norte e há 65 km da sede do Núcleo Regional de Ensino.























                                                                                    

quinta-feira, 4 de outubro de 2012




Escola de assentamento no Paraná fica em primeiro lugar na média do IDEB  


1 de outubro de 2012
 Da Página do MST

Eescola localizada dentro de um dos maiores projetos de assentamento no Paraná foi classificada, neste ano, em primeiro lugar na média municipal do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), no município de Querência do Norte, a 625 km de Curitiba. A Escola Camponesa Municipal Chico Mendes fica na área de uso comunitário do PA Pontal do Tigre. O assentamento tem área de oito mil hectares, com 338 famílias. A escola Chico Mendes conseguiu o primeiro lugar na média municipal do IDEB com a nota




 de 6,2. O índice foi obtido por meio da Prova Brasil, aplicada aos alunos do ensino fundamental público, nas redes estaduais, municipais e federais. Os exames conta com perguntas de português e matemática. Essa é a segunda vez que a escola faz a prova. Em 2009 a nota foi 4,4. A prova foi realizada em novembro de 2011, mas a nota saiu apenas em junho deste ano. O índice tem como objetivo reunir, em um só indicador, dois conceitos: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. De acordo com a diretora da escola, Maria Edi da Silva, uma equipe do Ministério da Educação (MEC) vai até a instituição aplicar os exames e, para garantir a veracidade dos resultados, a escola não tem acesso às provas. “É uma grande conquista, pois a comunidade já passou por muitas dificuldades e esse 1º lugar mostra que os assentados também podem ter uma educação de qualidade”, destaca. Para continuar com a boa qualidade de educação, Maria Edi explica o que será feito daqui em diante. “Continuaremos nosso trabalho com muita luta, negociando e lutando por políticas públicas. A escola não conta com prédio e condições favoráveis para desenvolver projetos que visam a qualidade e permanência de estímulos aos alunos e comunidade. Continuaremos trabalhando com a pesquisa participante, tema gerador e os projetos da escola”. Para coordenadora da escola, Lurdes de Fátima, a boa qualidade de ensino é resultante de um processo de pesquisa participante realizado internamente na Escola Camponesa Chico Mendes. “Procuramos saber o que é melhor para cada aluno e como poderemos ensiná-lo da maneira mais correta, de modo que ele não tenha dificuldades e aprenda o máximo possível”, explica. História A fundação da Escola Chico Mendes deu-se por volta de 1988, quando surgiram os primeiros acampamentos que deram origem ao PA Pontal do Tigre. No início, os alunos tinham aulas em salas de madeira, mas com a grande quantidade de alunos, foi preciso construir uma escola de alvenaria. A escola tem uma Associação de Pais e Mestres formada pelos assentados. O objetivo é administrar os recursos passados pelos governos federal e estadual e dar assistência ao aluno e a sua família. Atualmente, a escola tem 256 alunos com idade entre três e 11 anos, distribuídos em 12 turmas. As crianças contam, além das matérias normais, com aulas sobre Práticas Agrícolas e Ambientais e aprendem como surgiram os movimentos sociais. Desde sua fundação, o Incra já destinou recursos para a escola, principalmente brinquedos para a brinquedoteca, materiais permanente como mesas, cadeiras e materiais pedagógicos. Também tiveram o apoio do Projeto da Petrobrás em 2007, além da prefeitura na formação dos professores.

domingo, 2 de setembro de 2012